Mais uma vez, tamanha tarefa me foi
sugerida, … compilar pela segunda vez os
“cadernos/sebentas” de “minha
mãe”.
Um
pouco sem saber ao certo por onde começar,
optei por pegar num deles, … ao acaso e iniciar
tal “esmero”.
Logo de início, fui percebendo que muita coisa
não poderia corrigir/alterar, uma vez que corria
o risco de me perder, … perder o sentido, o
“seu” sentido, aquele de quem escreve solto e
sem grandes regras ou interesses linguísticos.
Apenas pelo simples acto ou facto de
comunicar e perpetuar a outros a “sabedoria” de
se ser apenas mais “velho” e “experto”.
Se o sonho comanda a vida, então porque
não, … porque não aceitar estas palavras de
minha mãe como algo de “muito bom”; tónico
pessoal e único de alguém que viveu uma vida,
ora bela e cheia de alegria, ora “pesada”,
cansativa e amarga; mas no fundo lá bem no
âmago da essência humana, cheia de
“tutano”, … experiência que fica a resultar do
conhecimento vivencial dos anos passados.
… sendo assim, deixo-vos com
as suas palavras,
… “sonhos”
que muito me dizem nesta vivência do presente e do
outrora, … recordações de infância, … que agora me
trazem à realidade a vivência do dia-a-dia.
João Laia, 2011