DOCES ALMAS,
volteiam na penumbra cinzenta e na luz quebrada pela
cortina baça deste ozono que teima em não subir, detendo-se
a pairar pelo horizonte (desmaiado,...) que a vista
alcança.
O sonho espreguiça-se, estendendo os braços, tentáculos
deste polvo enleado que a mente representa, nestes
pensamentos (obscenos, taciturnos, apreensivos,...) que
me param o corpo, qual letargia apetecida de mais um dia,
de mais uma hora que passa. As sensações vão e vêm,
alteração constante do estado de espírito. É a alegria
de um amor senso (paixo, erótico,...), é a paz de uma
relação a dois, é tristeza de algo..., é prazer de fazer
um filho...
O sol brilha, a água o reflecte... a água reflecte, os
olhos cegam... e nesta sensação pareço ficar.
Paz de espírito, tranquilidade, sossego, amor...
sinónimos que não o são, mas que no fundo se equivalem
nesta hora conturbada, nesta hora de apelo, a uma
nostalgia que confunde e tudo tolhe.
Branco, preto, cinzentos que tonam o sentimento, para
tudo levarem, para tudo ficar...
... ò maturidade, que avassalas, e tudo racionalizas à
passagem dos anos..., restam as memórias, sobra a
recordação, mas vai-se a força, a vitalidade, daquela
idade livre de teennager que amadurece ao ritmo da ganga
coçada.
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